Thursday, April 12, 2007


Este é um texto argumentativo da Nadine Castro, do 11º B.

“Homem total ou parcialmente livre”

Em pleno séc. XXI estamos condenados a uma eterna liberdade parcial. Estamos a viver uma época de catástrofes que implicam, muitas delas, a nossa liberdade enquanto seres habitantes deste planeta. A própria sociedade cria as suas restrições a esta tão desejada liberdade, umas vezes involuntariamente e outras por vias do acaso, mas propositadamente.

Entrando no tema da liberdade física, podemos averiguar, claramente, que a sociedade em si impede a actuação desta liberdade a vários indivíduos que já a tinham um pouco condicionada. Estou a falar, por exemplo, das pessoas com dificuldades motoras que são impedidas de usufruírem da liberdade de gozar de espaços públicos, a que têm direito, por culpa da própria humanidade que os constrói a pensar na unicidade da raça humana, esquecendo as pequenas diferenças que existem de ser para ser. A actual sociedade não está preparada para lidar com a diferença, retirando, desta forma, a liberdade a muitas humanos que tiveram a infelicidade de nascer ou ficar acidentalmente com pequenas mazelas físicas que condicionam o seu dia a dia. A própria espécie nega-lhes a possibilidade de emprego, impedindo-os de se realizarem profissionalmente, pois eles, tal como qualquer outro ser humano, também têm sonhos, desejos e ambições na vida.

Passando para a liberdade biológica, deparamo-nos com um grave problema que já há algum tempo arrasa a raça humana. Dou como exemplo disso o cancro, que é hoje uma das maiores preocupações a que estamos sujeitos. Tem sido dramático o número de pessoas vítimas desta enfermidade, que na maioria dos casos se verifica mortal, mesmo depois de tratamentos bastante dolorosos. É verdade que se tem evoluído bastante no combate a esta doença, mas não o suficiente. Nos estudos que se fizeram para descobrir as suas origens, verificou-se que muitas delas seriam, involuntariamente, por culpa do Homem que utiliza químicos na alimentação para a obtenção de maiores lucros a maiores velocidades. Desta vez, a sua ganância implicou-lhe o sofrimento.

A nível da liberdade psicológica. tomo como exemplo a homossexualidade - deparamo-nos com uma sociedade antiquada e preconceituosa em relação a esse assunto. Tem sido espantoso as reacções negativas a que estão sujeitas as vítimas desde "desvio sexual" involuntário. Já não se justifica que a felicidade afectiva de cada pessoa seja condicionada pelos preconceitos da própria sociedade.

Onde está o acompanhamento das mentalidades em relação ao tão aclamado progresso a nível científico? Terão os denominadas "países avançados", sob esta perspectiva, realmente evoluído? Será que só a ciência tem a capacidade para evoluir? E nós, que a criámos?

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