Tuesday, April 24, 2007

Este é um texto do Nuno, do 10º C.


“LIBERDADE”

Liberdade, sempre procurada pelos demais – mas será esse sentimento realmente alcançado?

Antes de mais, terei que definir liberdade, perceber todas as suas condições e consequências, para depois, sim, após uma análise superficial, entrar num campo de análise profunda e discutirmos os mais diversos pontos de vista.

O que é a Liberdade?

Liberdade: preenchimento do ser perante um acto de qualquer natureza. Sentimento que faz o poder e não o dever, que não procura uma razão de ser mas sim de aceitar os próprios limites físicos ou psicológicos.

Ora bem, a liberdade será um sentimento igual ao Amor, ambos fazem parte de quem somos, e apesar de serem um conjunto de emoções distintos, completam-se entre si no mesmo fim:

O encontro do existencial infinito.

Esse encontro dá-se perante o acto racional de uma acção prevista, ou imprevista, no nosso dia-a-dia. Dessa forma, a liberdade é gerada através de uma energia que foge ou toma certa direcção quando se encontra em estado de rotina emocional ou dos próprios hábitos do indivíduo.

Como todas as acções, a nossa liberdade terá as suas consequências. Sendo parte integrante da liberdade, o poder de escolha pode ser ou não proveitoso para o futuro.

Sendo o presente o futuro do passado, todas as nossas acções prévias condicionam-se a uma resposta de outros seres livres, como nós, livres e de consciência racional que tomam as suas acções em torno do feedback que emitimos.

Porem, é do conhecimento humano o poder que a sociedade exerce sobre nós ao influenciar-nos com certos valores e preconceitos. Contudo, essa é a liberdade congestionadora do ser ao mover-se dentro da liberdade social. Hoje em dia, como há tantos séculos atrás, para o ser humano essa mesma liberdade sempre será limitada aos instintos básicos do ser humano, como é, por exemplo, a liberdade de matar. De forma moral não devemos matar, porém, ao exercermos a nossa liberdade total, podemos efectivamente matar. Sendo a nossa sociedade construída sobre uma base de regras, conscientemente não usufruímos nem metade da nossa liberdade.

Não entrando mais no campo filosófico, pois não sou nem de perto nem de longe um filósofo, somente olho com os olhos de um observador que limita a informação retirada da rotina da sociedade onde vivo, neste caso a Nazaré. Porém, libertando-me um pouco de quem eu sou, tendo já vivido nas mais diversas localidades, por exemplo, o caso mais recente, Lisboa, e no passado nas terras circundantes e mesmo localizadas no centro litoral de Portugal, revejo sempre a mesma apelação à liberdade. Ou seja, o sexo. Não injecto moralidades, pois de moralista nada tenho.

Ora bem, falando de liberdade, dando um exemplo: o simples facto de um dia de ofício ter trajado algo que fugia ao comum, o tão aclamado kilt, e não saia, como referem os mais descuidados ou ignorantes. De certa forma, até eu consinto que é deveras um acto de puro desrespeito pelo estabelecimento de ensino que frequento, porém não deixa de ser um acto de libertação da introversão existente. Na verdade, recebendo críticas ora positivas ora negativas, consegui puxar pela liberdade, que eu próprio aprisiono dentro de mim, da comunicação entre os que, por exemplo, passam constantemente por pessoas como eu e tu e que são meramente bonecos. Pois bonecos, pois com pressa ou sem pressa apenas ligamos aos demais e à bondade existente quando conhecemos as pessoas que nos rodeiam ou quando certa e determinada situação, de próxima, nos toca bem no fundo e nos dá força suficiente para actuarmos. Como já referi, não sou moralista ou um estúpido que somente critica por nada mais ter para fazer.

O facto é o olhar para a sociedade e ver um bando de cobardes que somente olham para os seus próprios bolsos tendo poder suficiente para ajudar quem sofre as agressões diárias das sociedades “civilizadas”. Têm esse poder, têm essa liberdade para alternar a mesma situação mas não se pode exigir esse esforço dos símios que somos, perdão, Humanidade, queria dizer eu então.

Somos gananciosos, demasiado arrogantes para termos um acto de luxúria tão grande como dar ao próximo.

Enquanto escrevo este pedaço de nada, sim, nada, pois o tempo tudo apaga, vejo-me uma pessoa materialista lutando contra si própria, sabendo somente que algo tão complexo e difícil como largar tudo o que é materialista, excepto os meus livros (eh eh) por um amor puro, por lealdade e camaradagem entre todos com que convivo e fazem parte do meu sempre pequeno círculo, é algo meramente impossível. Sim, tenho essa liberdade bastando-me um tecto, comida, bebida, mesmo água, amigos, alguém que ultrapasse a amizade, para ter uma vida totalmente preenchida. Contudo, o meu lado “civilizado” e estranhamente influenciado pelo sonho Americano (continuem a sonhar um pouco mais na vida plástica) não me permite ter essa liberdade.

Que quero eu dizer com este longo, secante, desinteressante, enfadonho texto?

A liberdade na sociedade actual apenas passa de ilusão para realidade quando absorvemos o acto que nos liberta e sabemos acarretar com as consequências que seguem o acto.

Escrevendo de certa forma agressiva, assertiva, passiva, manipuladora, como fazem os demais “civilizados”, e sabendo reconhecer que não existe somente um pensamento racional, porém, foi desta forma que aprendi e trabalhei a pequena porção da coisa mais valiosa que o próprio ouro, a minha liberdade de expressão sem medo das suas consequências ou de futuros, todavia inexistentes, arrependimentos.

Dando largas a quem escreveu isto, Interventus over and out.

As mãos

“Com as mãos se faz a paz, se faz a guerra.

Com as mãos tudo se faz e se desfaz.

Com as mãos se faz o poema - e são de terra.

Com as mãos se faz a guerra – e são a paz.

Com as mãos se rasga o mar.

Com as mãos se lavra.

Não são de pedra estas casas mas de mãos.

E estão no fruto e na palavra.

As mãos que são o canto e as armas.

E cravam-se no Tempo como farpas.

As mãos que vês nas coisas transformadas.

Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor cada cidade.

Ninguém pode vencer estas espadas:

Nas tuas mãos começa a liberdade.”

Manuel Alegre, o canto e as armas, 1967

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Thursday, April 12, 2007


Este é um trabalho de grupo da Alisha, da Joana, do João e do Diogo, todos do 10º A.

“O mundo actual e os valores”

Desenvolvimento

O desenvolvimento é o processo de aperfeiçoamento relativamente a valores. Os valores em questão referem-se às condições desejáveis pela sociedade, não havendo qualquer acordo universal relativamente a essas condições. Conclui-se que os indivíduos têm preferências diferentes no que se refere ao seu estilo de vida e relações com o resto da sociedade e, por meio das suas manifestações políticas, as nações e os grupos exprimem diferentes pontos de vista colectivos.

O conceito de desenvolvimento é normativo, sendo amplo ao nível das estratégias que utiliza e dos afins, ou objectos que pretende alcançar. A educação, saúde, habitação, emprego e entidade social são exemplos de áreas consensualmente aceites como prioritárias que deverão estar acessíveis à generalidade da população.

A grande sociedade e civilização dos dias de hoje são resultado de uma informação contínua, sendo um produto da capacidade crescente que o homem tem para comunicar o seu pensamento.

Há 20 anos atrás não poderíamos ter compreendido e testemunhado realidades ou comportamentos que agora podemos descrever e ilustrar. Temos como exemplos as inovações surpreendentes e o progresso ao nível da ciência. O homem criou a máquina e esta permite-lhe recriar o homem.

O conhecimento e o saber são a chave para o sucesso e para a sobrevivência e, como tal, é olhando construtivamente e de forma optimista para a sociedade, estimulando um diálogo vivo e alargado sobre as transformações que se contribui para o futuro.

A crise nos modelos e nas relações familiares

É na família que qualquer ser humano adquire os seus primeiros valores. As estruturas familiares estão em crise, o que se reflecte no aumento da dissolução de casamentos, e de novos tipos de uniões. Muitos pais manifestam cada vez mais dificuldade em eleger um conjunto de valores que consideram fundamentais na educação dos seus filhos. As profundas alterações económicas, científicas e tecnológicas que a nossa sociedade moderna tem, não só estimularam o abandono dos valores tradicionais, como parecem ter conduzido a humanidade para um vazio de valores.

Por fim, a globalização trouxe uma maior aproximação entre os povos, a qual possibilitou o desenvolvimento de uma consciência global, que despertou para a questão das desigualdades dos recursos e das condições de vida entre os seres humanos.


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Este é um texto argumentativo da Nadine Castro, do 11º B.

“Homem total ou parcialmente livre”

Em pleno séc. XXI estamos condenados a uma eterna liberdade parcial. Estamos a viver uma época de catástrofes que implicam, muitas delas, a nossa liberdade enquanto seres habitantes deste planeta. A própria sociedade cria as suas restrições a esta tão desejada liberdade, umas vezes involuntariamente e outras por vias do acaso, mas propositadamente.

Entrando no tema da liberdade física, podemos averiguar, claramente, que a sociedade em si impede a actuação desta liberdade a vários indivíduos que já a tinham um pouco condicionada. Estou a falar, por exemplo, das pessoas com dificuldades motoras que são impedidas de usufruírem da liberdade de gozar de espaços públicos, a que têm direito, por culpa da própria humanidade que os constrói a pensar na unicidade da raça humana, esquecendo as pequenas diferenças que existem de ser para ser. A actual sociedade não está preparada para lidar com a diferença, retirando, desta forma, a liberdade a muitas humanos que tiveram a infelicidade de nascer ou ficar acidentalmente com pequenas mazelas físicas que condicionam o seu dia a dia. A própria espécie nega-lhes a possibilidade de emprego, impedindo-os de se realizarem profissionalmente, pois eles, tal como qualquer outro ser humano, também têm sonhos, desejos e ambições na vida.

Passando para a liberdade biológica, deparamo-nos com um grave problema que já há algum tempo arrasa a raça humana. Dou como exemplo disso o cancro, que é hoje uma das maiores preocupações a que estamos sujeitos. Tem sido dramático o número de pessoas vítimas desta enfermidade, que na maioria dos casos se verifica mortal, mesmo depois de tratamentos bastante dolorosos. É verdade que se tem evoluído bastante no combate a esta doença, mas não o suficiente. Nos estudos que se fizeram para descobrir as suas origens, verificou-se que muitas delas seriam, involuntariamente, por culpa do Homem que utiliza químicos na alimentação para a obtenção de maiores lucros a maiores velocidades. Desta vez, a sua ganância implicou-lhe o sofrimento.

A nível da liberdade psicológica. tomo como exemplo a homossexualidade - deparamo-nos com uma sociedade antiquada e preconceituosa em relação a esse assunto. Tem sido espantoso as reacções negativas a que estão sujeitas as vítimas desde "desvio sexual" involuntário. Já não se justifica que a felicidade afectiva de cada pessoa seja condicionada pelos preconceitos da própria sociedade.

Onde está o acompanhamento das mentalidades em relação ao tão aclamado progresso a nível científico? Terão os denominadas "países avançados", sob esta perspectiva, realmente evoluído? Será que só a ciência tem a capacidade para evoluir? E nós, que a criámos?

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